quarta-feira, 23 de julho de 2014

Situação incômoda.

De uma coisa não duvido: toda a frase que contenha a expressão "situação incômoda" esconde algo de proporção bem maior do que as palavras querem passar. Esse foi exatamente o termo utilizado pelo presidente Vilson Andrade ao repórter Irapitan Costa em entrevista ontem para explicar o atual momento Coxa.

O termo incômodo equiparo a um desconforto, algo pontual, ou ainda de breve duração, coisa que qualquer Aspirina ou um AAS Infantil resolve. Certamente que a condição presente do Verdão não é um incômodo, já vem perdurando por algumas temporadas em sequência.

Desde a saída de Marcelo Oliveira como técnico e de Pedroso do departamento de futebol, foi um entra e sai de técnico, uma infinidade de contratações equivocadas, jogadores que não acrescentaram absolutamente nada ao grupo de trabalho do Verdão, e por esses motivos não consigo comparar nossa realidade atual a um simples incômodo

Não, senhor Presidente, não estamos passando por um incômodo

O Coxa traz por problemas sérios já faz algum tempo. A qualidade do jogo apresentado pela equipe é inversamente proporcional ao subir das paredes no Setor Pró-Tork. 

Do final de 2011 para cá, o declínio do time é abissal, e ainda que conte com um maestro no meio, não se vê condições em brigar por coisas maiores do que a fuga do rebaixamento ou o regional. 

Definitivamente não estamos falando de uma situação incômoda, estamos falando de algo endêmico, arraigado intramuros no Alto da Glória e no CT da Graciosa, que vai desde a gestão do futebol, passa pelo departamento médico como um todo e acaba nas categorias de base, que revela jogadores que o time principal nega-se a aproveitar.

Deixar de apoiar o clube nós como torcedores jamais deixaremos de fazer. Mas relativizar o atual momento como se fosse algo efêmero, isso não podemos aceitar. 

Esperamos que a "situação incômoda" seja tratada não como um desconforto, mas como algo grave, que precisa ser curado urgentemente com medidas fortes. Ainda há tempo de salvar o ano, mas se continuarmos o tratamento na base do  AAS Infantil, o jeito vai ser o torcedor reforçar seu estoque de Aspirinas até dezembro, pois a dor de cabeça será enorme.

SAV

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